Portal do Governo Brasileiro
2012 - Livro Vermelho 2013

Hippeastrum psittacinum Herb. EN

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 11-04-2012

Criterio: B1ab(iii,iv)+2ab(iii,iv)

Avaliador: Maria Marta V. de Moraes

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

A espécie ocorre nos Estados de São Paulo, Paraná e, possivelmente, Minas Gerais. Apresenta EOO de 555,18 km², AOO de 8 km² e está sujeita a menos de cinco situações de ameaça. É considerada muito rara, tendo apenas três subpopulações conhecidas ao longo de sua distribuição (municípios de Atibaia, SP; Juiz de Fora, MG; e Quatro Barras, PR). A subpopulação de Juiz de Foraprovavelmente não existe mais, uma vez que estava localizada dentro de umapedreira que foi recentemente explodida. A espécie só ocorre em região deFloresta Pluvial, em locais com umidade constante. Comooutras representantes da família Amaryllidaceae, possuiflores muito vistosas e vem sendo empregada como planta ornamental. É utilizada também na medicina popular como excitante e purgativa. Não estáprotegida por unidades de conservação (SNUC).

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Hippeastrum psittacinum Herb.;

Família: Amaryllidaceae

Sinônimos:

  • > Amaryllis psittacina ;
  • > Amaryllis psittacina var. decorata ;
  • > Aschamia psittacina ;
  • > Hippeastrum decoratum ;
  • > Trisacarpis psittacina ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

A espécie é frequentemente confundida com H. glaucescens quando herborizada (Amaral, 2007), que é mais comum e amplamente distribuida (Dutilh (com. pess.). Apesar de ocorrerem simpátricamente, H. psittacinum cresce sobre rocha magmática, e possui o bulbo exposto, enquanto H. glauscescens apresenta bulbo subterrâneo (Dutilh, com. pess.); Dutilh; Assis (2005) relatam a semelhança morfológica entre as espécies, sugerindo uma possível hibridização entre as espécies. Caracteres como bulbo mais superficial, ocorrência sobre rochas magmáticas e em locais mais úmidos facilitam a diferenciação entre estes táxons (Dutilh; Assis, 2005). É uma espécie altamente polimórfica (Dutilh, 2005). O período reprodutivo também permite distinguir as espécies, mesmo que haja uma pequena sobreposição de floração (Dutilh, com. pess.).

Potêncial valor econômico

​A espécie apresenta potencial valor como planta ornamental, uma vez que, como outras representantes da família Amaryllidaceae, possui flores muito vistosas (Dutilh, 2005). A espécie é utilizada na medicina popular no DF como excitante e purgativa, mas não existem estudos fitoquímicos que permitam neste momento seu aproveitamento pela industria farmacêutica (Amaral, 2007).

Dados populacionais

A espécie é considerada muito rara, com apenas três subpopulações conhecidas ao longo de sua distribuição (Atibaia, SP; Juiz de Fora, MG; Quatro Barras, PR). A subpopulação de Juiz de Fora provavelmente não existe mais, uma vez que estava localizada dentro uma pedreira que foi recentemente explodida (Dutilh, com. pess.).

Distribuição

A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo nos Estados da região Nordeste, Minas Gerais, São Paulo e Paraná (Dutilh; Oliveira, 2012). Amaral (2007) cita como área principal de ocorrência da espécie as regiões Sudeste e Sul, além do Planalto Central e Distrito Federal. Dutilh (2005) indica como área core de distribuição de H. psittacinum a região Sudeste do Brasil. Dutilh (com. pess.) confirma a ocorrência atual deste táxon apenas em SP, MG e PR.

Ecologia

Planta herbácea, bulbosa, terrícola ou rupícola; ocorrendo a meia sombra (esciófila) em em Florestas Estacionais Semideciduais e afloramentos rochosos (Dutilh; Oliveira, 2012). Ocorre ainda em savanas gramíneo lenhosas, com afloramentos rochosos de arenito (campo rochoso, Parque Estadual de Vila Velha, PR) (Cervi et al. 2007). entretanto, Dutilh, (com. pess.) afirma que a espécie só ocorre em região de floresta pluvial, em locais com umidade constante (neblina no inverno). A espécie é visitada por Beija-flores (Piratelli, 1997).

Ameaças

1.3.1 Mining
Incidência local
Severidade very high
Detalhes ​A subpopulação de Juiz de Fora provavelmente não existe mais, uma vez que estava localizada dentro de uma pedreira que foi recentemente explodida.

3 Harvesting (hunting/gathering)
Incidência local
Severidade very high
Detalhes Como outras representantes da família Amaryllidaceae, possui flores muito vistosas e vem sendo empregada como planta ornamental (Dutilh, 2005)

Usos

Referências

- DUTILH, J.H.A. Ornamental bulbous plants of Brazil. Acta Hort, v. 683, 2005.

- PIRATELLI, A.J. Comportamento alimentar de beija-flores em duas espécies de Hippeastrum Herb. (Amaryllidaceae). Revista Brasileira de Biologia, v. 57, p. 261-273, 1997.

- DUTILH, J.H.A. ; OLIVEIRA, R.S. Amaryllidaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB015454>.

- Base de Dados do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora). Disponivel em: <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/>. Acesso em: 2011.

- CERVI, A.C. ET AL. A vegetação do Parque Estadual de Vila Velha, município de Ponta Grossa, Paraná, Brasil. Boletim do Museu Botânico Municipal, n. 69, p. 01-52, 2007.

- ANDRIELLE CÂMARA AMARAL. Amaryllidaceae Jaume St.-Hil.: levantamento das epécies do Distrito Federal, Brasil, e estudos de multiplicação in vitro. Brasília, DF: Universidade de Brasília, 2007.

- DUTILH, J.H.A.; ASSIS, M.C.D. Amaryllidaceae. 2005. 244-256 p.

- DUTILH, J.H.A. Comunicação da especialista Julie H. A. Dutilh, do Departamento de Botânica da Universidade Estadual de Campinas, para o analista Eduardo Fernandez, pesquisador do CNCFlora, São Paulo, SP, 2012.

Como citar

CNCFlora. Hippeastrum psittacinum in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Hippeastrum psittacinum>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 11/04/2012 - 17:09:05